Mestres-cucas

Estou no meio de uma tentativa de fazer cookie com os dois. Depois de já ter caído açúcar mascavo para um lado e farinha para outro, foi a vez do ovo:
— Poxa, Bia, para de querer fazer tudo correndo! Olha só, metade do ovo caiu para fora!
— Mas foi a clara, mamãe!
Lucas se mete:
— Foi a Clara não! Foi você!
Bia agora com 7 anos e Lucas ainda com 4 anos

Pesadelo

Lucas se levanta e vem gemendo:
— Mãe, não estou conseguindo dormir… tive um pesadelo.
— Mas Lucas, não tem nem 10 minutos que saí de lá. Que pesadelo foi esse?
— Sonhei com um bolo cheio de chocolate podre!

Poliglota

Decidindo em qual restaurante comeríamos, Bia solta:
— Vamos comer salada no The Little Tropical*?

Essa me lembrou uma antiga, quando ela tinha no máximo 3 anos e ensaiava a música para festa junina: “Com a filha de João, Antônio ia se casar, mas Pedro fugiu com a noiva, na hora de ir pro All Star**!”.
*Delírio Tropical/ **altar.

Tentativa de ensinamento sobre o consumismo

Pai e filha durante o almoço:
Bia: A Manu ganhou uma viagem no seu aniversário.
Henrique: E ela gostou?
Bia: Ela gostou! Ela comprou muitas coisas!
Henrique: Bia, o que você acha mais importante: ela ter se divertido ou ter comprado muitas coisas?
Bia: Ela ter se divertido… comprando muitas coisas.

Sofá diferente

Estávamos na casa da minha irmã Juliana e brinquei com minha sobrinha, que fez a cama de cima da beliche de sofá:
— Que chique, Alice, você tem um sofá SUSPENSO!
Algumas horas depois, Bia chega na sala, com as mãos na cintura, e diz:
— Alice, você não vai acreditar onde sua gata está?! No seu sofá MISTERIOSO!!!

Nunca levamos o Lucas ao McDonald´s, mas certamente ele já deve ter ouvido falar, pois quando perguntei se queria lanchar um hamburger, ele perguntou:
— Aonde? No Pato Donald´s?

Fúria do mar

Lucas explicando de onde vêm as ondas:
“Existe um polvo gigante no mar que quando fica irritado, balança forte seus tentáculos e o mar fica agitado. Quando ele está calminho, o mar também fica calminho”.

Bia fez um machucado no peito.
Há pouco, na hora de retirar o band-aid recomendou ao pai:
— Cuidado com minha pupila do peito!

— Pai, sabia que o inspetor lá da escola é mau?
— Por que ele é mau, Bia?
— Ele é Mau porque ele é Maurício e porque ele espeta.
— Ele espeta com que?
— Ora, pai! Ele espeta porque ele é o “espetor”!!!

Sabe tudo

Lucas, na hora do pouso do avião, me explica que descem rodinhas.
— Como você sabe? De onde tirou isso?
— Do meu cérebro!
Lucas agora já com 5 anos

Penso logo existo

Lucas definindo “pensar”: Mãe, sabe o que eu falei no meu pensamento?

Frescura

Na hora do jantar, Bia começa a separar a comida no prato e Henrique logo corta:
— Para com isso, Bia, deixa de ser fresca!
Lucas vira para mim e pergunta:
— Mãe, eu sou fresco?
— Ah, Lucas, as vezes você é bem fresquinho sim.
Então o gene do pai que corre em seu corpo se manifesta e com olhar
cínico completa:
— Mas você vive dizendo que eu sou quentinho!

Como assim?

Lucas, ao ver o chocolate sobre minha mesa, reclama que não ganhou sobremesa. Respondi que ele também já saiu do banho há um tempão e continua pelado. Então ele responde:
— Mamãe, eu vou te obedecer para sempre!
— Mesmo quando não houver mais chocolate?
— Até quando eu morrer eu vou continuar te obedecendo… (pausa)…quem será minha mãe quando eu morrer?”

O que importa é a forma

Hoje teve lanche de aniversário na creche do Lucas. Perguntei o que ele comeu.
— Pão-de-queijo e um bolinho em forma de gota.
— Huum que delícia! Bolinho de chuva?
— Não era de chuva não, era de galinha!

Bia, no café-da-manhã de ontem:
— Ai! Me deu torcicolo na perna!

Bia chega toda empolgada com um pacote de pipoca que ganhou na videolocadora, quando eu a aviso:
— Bia, o microondas está quebrando há séculos!
Com a mão na cintura e o rosto inclinado me diz:
— Mãe, mas eu não vivo há séculos!

Chantagem de um apaixonado

A amiga do Lucas, Valentina, esteve aqui. Na hora de levá-la para casa, pedi ao Lucas para trocar a calça do pijama pela jeans e colocar o casaco. Mesmo não aparecendo um milímetro da blusa, ele se demonstrou incomodado:
— Vavá, não conta para ninguém que sai na rua de pijama, tá?
— Ah vou contar sim!
— Por favor, não conta!
— Vou contar sim, para a minha mãe!
— Vavá, se contar para os nossos coleguinhas eu.. eu.. eu nunca mais vou ficar REPETINDO que você é linda!

Xiii morreu!

Derli veio nos visitar e trouxe sua neta que está naquela fase que já fala tudo, mas a gente entende metade. Como ela estava com medo do Chico, nosso furão, deixe-o na varanda. Na hora de se despedir, o Chico estava dormindo daquela maneira bizarra dos furões. Com a maior calma do mundo e o dedinho apontando para a varanda, disse:
— Ó, seu catinho moieu.
E foi-se embora.

Ainda sobre o furão, ao ver o prato de comida do Chico, nosso furão, o Lucas me chama preocupado:
— Mãe! A comida do Chico tá formigando!

É ficou meio duro

Fiz um biscoito de nata que, digamos, não deu muito certo. Lucas me perguntou:
— Mãe, você colocou cimento?

Quase isso

A professora de música da Bia aproveitou a melodia de “Asa Branca” e mudou a letra para ensinar às crianças sobre folclore. Bia cantou para a prima Jana e explicou:
— É baseada na “Asa Delta”.

Injusto

Lucas, quando está com sono, chora por qualquer motivo. Ontem, quando perguntei por que chorava na cama, respondeu:
— Porque não consigo dormir, porque não tem chazinho para me acalmar e porque NUNCA vi uma fada!

Culpa da Disney

Lucas em: decepção gerada pela Disney
— Ué, mãe, hoje não era para ser o primeiro dia da primavera?
— Mas hoje é o primeiro dia.
— Mas está NUBLADO!!!

Tá chique

Ao ver o pai pronto para sair para um casamento, Lucas diz espantado:
— Pai!!! Nunca te vi com essa roupa!!!
— É, eu uso pouco.
E ainda incrédulo, Lucas conclui:
— Você está vestido de Presidente!!!

Preparado

Em uma caça ao tesouro no Parque Lage, Lucas se perdeu do grupo de amiguinhos. Seu primeiro pensamento foi “Ainda bem que eu tenho o mapa!” (afinal, era uma caça ao tesouro), seu segundo pensamento foi “Xiii mas eu não sei ler!!!”.

Que conclusão

— Mãe, por que preciso tomar banho todo dia?
— Porque sim, Lucas.
— VOCÊ NÃO ME AMA!

Indignado

Ao chegar no restaurante, o garçom pergunta:
— Oi, rapaz, quer uma cadeirinha alta?
Um pouco indignado, Lucas responde:
— Não!
Mais tarde o mesmo garçom se aproxima da mesa:
— Vocês querem algo para beber?
Agora mais indignado, Lucas diz:
— Eu não sou BEBÊ!

Deve ser

Enquanto Bia e Lucas ainda querem dormir no mesmo quarto, mantemos no quarto de hóspedes a biblioteca deles. Nesse momento, tem uma amiguinha do Lucas aqui em casa:
— Vavá, vamos brincar no quarto de hóspedes!
— Por que hóspedes? O que é isso?
— Hóspedes? Devem ser livros!

Com certeza

Rique contava para a Bia e sua prima Jana a experiência de ter colocado muita pimenta na comida:
— Passei um bom tempo com a boca ardendo!
Jana o corrigiu:
— Você quer dizer um mau tempo, né?
Jana com 7 anos

Lucas, 5 anos, filósofo:
– Se todo mundo sonha o mesmo sonho, isso é real.

Lucas, no meio da noite, chegou ao pé da minha cama:
– Mãe, tive um pesadelo com namorados.
Ainda zonza de sono, disse para buscar o travesseiro e deitar ao meu lado. Então a ficha caiu “por que namorados seria pesadelo?”:
– Lucas, o que você sonhou?
– Sonhei que a mula-sem-cabeça roubava a namorada de um homem.

Signos

Lorena, amiga da Bia, dormiu aqui em casa justo na noite que Gabriel, novo priminho deles, nasceu. Devido ao evento, começou uma conversa sobre signos, Lucas manda essa:
– Eu sou Gêmeos. Papai é Atum. E vc?

Lucas e Bia estão na cozinha comendo bolo de banana com sorvete quando Lucas manda:
– Ahhh, eu nunca tive uma mãe assim!
– Hãaa… como????
– Eu quero dizer, quando eu estava na sua barriga eu não sabia que ia ter uma mãe assim que sabe fazer bolo!
Lucas com 5 anos

Enrolando a língua

– Lucas, por que você está sem blusa? Você não está com frio?
– Se eu “estavaria” com frio, eu “estavaria” de blusa! (Óbvio, não?)

Bia chegou animada cantando a música que aprendeu na aula de inglês: Lucy in the Sky with Diamonds. Lucas rapidamente se empolga e tenta imitá-la, o que já arranca risos nossos. Então Bia pergunta:
– Pai, o que são diamonds?
– São diamantes.
– Lucas, Lucas! São diamantes! E eu pensava que eram demônios! 

Luta Mortal

Quando o Lucas chega em casa, muitas vezes pai e filho começam uma luta mortal bagunçando por completo minha cama. O mais engraçado hoje foi ouvir o Lucas passando as regras:
– É proibido cosquinha! Mas vale o golpe do pum!
ARE YOU READY?

Espertinho

– Mãe, é melhor ser adulto ou criança?
– Ser criança!
– Ah é! Criança fala “por favor! por favor!” e adulto faz!
Lucas quase 6 anos

Da série: tentando falar difícil

Ao se dar conta que estamos indo fazer uma visita surpresa para a Vovoca e o Sergio, Lucas diz empolgado:– Oba! Adoro “dar” visitas para as pessoas, a gente é tão bem “convidativo”! 
– Mãe, faz sanduíche para mim no pão fofinho?
– Só tem francês, Lucas.
– Serve nessa raça também!
Lucas com 6 anos

Puro corujismo

Estou em reunião de trabalho no escritório, quando Lucas abre a porta devagarinho e diz em voz baixa:
– Desculpe interromper, mas papai…
Nem ouvi o resto, minha mente ficou interrompida nessas palavras.

 

Já hoje, Vovóca vem me contar que ao se despedir da festinha de aniversário dele, colocou a capa de chuva e Lucas, agarrado em sua perna, perguntou:
– Vovóca, onde você vai tão glamurosa?

Sem contar quando eu chamo “Lucas!” e ele responde com:
– Sim, minha adorável!

Na casa da vovó Sandra, Bia estranhou o moedor de sal grosso, mas assim que compreendeu seu funcionamento exclamou:
– Ah, entendi! Você roda isso aqui e o sal é “torturado”!

Lucas me pede para colocar no site dos joguinhos no computador do pai.
– Ah Lucas, por que sempre computador?
– Ora, porque eu sou ELÉTRICO!

Na hora do almoço, Bia estava que nem uma matraca repetindo a mesma coisa.
– Chega, Bia, você parece uma vitrola quebrada!
– Vitrola???
Pensei em substituir por “CD arranhado”, mas esse mais pula do que repete… 

Debochado

Voltando para casa tarde do aniversário do tio Bob, Lucas arranca os sapatos e eu já penso no trabalho de catá-los mais o par de meias que voou junto, sem falar que de quebra terei que carregar o próprio Lucas.
– Poxa, Lucas, o crocs é tão prático! Temos que comprar novamente um para você. 
– Melhor comprar logo um de adulto.
– Mas seu pé é tão pequenininho!
– Para não dar bolha.
– É, aquele ficou pequeno…
– Claro que não! Meu pé é que cresceu, sapato não diminui, mãe.

Cansada peço:
– Lucas, me dá um tempo!
Com aquele ar debochado dele, me diz:
– Mamãe, eu não consigo pegar o tempo. Se eu conseguisse, com certeza te daria um pouco de presente.

Isso sem contar que no almoço, ao ver o macarrão caindo em seu colo pedi:
– Lucas, coma em cima da mesa!
E não é que ele calmamente se levanta afasta a cadeira, sobe na mesma e direciona seu bumbum para a mesa? 

Lucas saindo da escola todo feliz porque ganhara uma “bola de festa que flutua”, ou seja, com gás hélio:
– Sempre sonhei ter uma! Não é maneiro, papai! A festa era do Angry Bir…
Passa uma menina chorando, ele interrompe a fala, corre atrás dela, dizendo para esperá-lo:
– Ela é da minha turma, papai! Tenho que ver o que aconteceu.
Troca umas palavras com a menina e some pela escola. A menina não para de chorar. Dois minutos depois, ele volta, troca mais umas palavras com ela e vem em minha direção. Quando chega perto de mim começa a chorar:
– O que houve, Lucas? Por que você está chorando?
– A bola dela voou e ela está chorando muito. Eu estou muito triste por ela.
E chora, e soluça. Respira fundo, enxuga as lágrimas. Sai correndo ao encontro da menina, dá sua bola para ela e me diz:
– Agora ela está feliz e eu fico feliz por ela estar feliz. Nós dois estamos felizes.
Agora quem chora sou eu.
(História narrada pelo Henrique)

– Eu não convidei ela, não sei por que ela veio.
– Ela quem, Lucas?
– A tristeza. 

—  

Bia veio me contar que um grupo de pessoas perguntou se ela e o irmão eram modelos e ela respondeu:
– Não, mas já participei de um vídeo sobre bullying.
Viraram para o Lucas e perguntaram:
– O que é bullying?
– É o lugar onde se faz chá!

Canção de amor  

Lucas chega para mim e pergunta se quero ouvir a música de amor que ele compôs. Digo que sim. Mal ele pronuncia a primeira sílaba, começa a chorar de modo que não consigo mais entender uma palavra sequer. Eu o abraço e espero ele terminar a canção indecifrável. Mais calmo pergunto se posso anotar a letra: 
Nunca deixe de amar alguém que você ame
Nunca abandone alguém que você ame
Nunca deixe de amar alguém assim
Nunca pare de amar você mesmo
Nunca pare de gostar de alguém
Nunca pare de amar alguém mesmo que ele esteja no céu

Assim que anoto o último verso, ele diz:
– E foi nessa hora que eu pensei no Chico…
(Chico foi nosso furão)

Agora no café-da-manhã:
Lucas: Mãe, sabe o que uma grávida não pode fazer?
Eu: Comer sushi!
Lucas: Comer sem mastigar direito! Pois se ela engole um pedaço muito grande, pode engasgar o bebê.
Lucas com 7 anos 

Ontem foi aniversário da Marilda. Costumamos dar presente para a casa, então resolvemos inovar e o Rique comprou um kit do Boticário. Como o Lucas estava na escola quando entregamos, hoje a Marilda foi agradecê-lo. Segue diálogo:
– Obrigada, Luquinhas, pelo presente!
– Eu não vi o que era…
– Eram sabonetes.
– Ué! Por acaso, meu pai está achando que você está fedida??? 

O Lucas deixa os óculos em casa quando vai para a natação. Hoje, resolvemos passar antes na escola dele para pegar a pasta com dever que ele esqueceu e no caminho cruzamos com seu professor de educação física que nos cumprimentou. Rapidamente ele me explicou:
– Ele me reconheceu, pois eu também tiro os óculos na aula dele.
Isso prova como a história do super-homem pode influenciar a mente de uma criança. Ele realmente acha que é uma pessoa totalmente diferente COM e SEM os óculos.

—  

No banho, a Bia fechou os olhos para tirar o shampoo e nesse momento a luz aqui de casa acabou. Ouvimos “Ahhh!” seguido de uma pausa e “ai, papai, achei que tinha ficado cega!” 

Boa tática

Teve evento na aula da natação para ganhar medalha (que por sinal o Lucas ficou a semana toda ansioso, afinal seria sua primeira competição). A ideia era só atravessar a piscina, “não precisa chegar em primeiro” dizia a professora. Os três alunos pularam na piscina juntos e estavam indo no mesmo ritmo quando de repente o Lucas dispara que nem torpedo. Juro que até parecia desenho animado! As mães vieram comentar comigo. Quando saiu da água, falei:
– Nossa, como você foi rápido!
– É que eu fiquei tímido com todo mundo me olhando e quis que acabasse logo – respondeu se escondendo no meio da toalha.

Nova era

Como a Bia ficava a tarde inteira no treino de ginástica olímpica, compramos o celular mais barato possível para ela. Agora, ele acaba ficando em casa na maior parte do tempo, mas como hoje a Marilda ia levá-la pela primeira vez para a aula de tecido, ela o levou. Eis que chega um torpedo para mim:
“Mae eu aprendi a mandar memm. Errei e eu pp r0 tm to errando eu nao sei apagar”

Rique estava levando o Lucas para a capoeira e resolve puxar o seguinte assunto:
– Sabia que na capoeira costuma ter batizado e cada um ganha um apelido? Como é que o mestre Bruno te chama?
– VEM CÁ!

Lucas mandou duas agora a noite. 
Encontramos uns meninos da escola na rua e todos ficaram de papo. Quando nos afastamos, Bia comentou:
– Eu tinha me esquecido como falar com meninos…
Antes dela terminar a frase, Lucas manda:
– Começa com “Oi!”.
E Bia conclui –… era tão legal!
(O melhor é que o tom dele era de quem realmente estava dando uma dica, querendo ajudar)

Mais tarde, ainda falando dos meninos, Bia comenta que um deles era o mais alto da turma. Então Rique observa:
– E os pais dele nem são altos… Vai ver tem AVÓS altos.
E Lucas filosofa:
– Quer dizer que quem fala mais alto cresce mais?

Japonês

Fui buscar o Lucas na natação e a amiguinha Flora, que também é da turma dele da escola, me perguntou:
– Você é babá do Lucas?
– Não, eu sou mãe dele.
– Ah… Achei que fosse babá.
– Porque ele tem olhos puxados e eu não?
(Sorrisinho envergonhado confirmando)
– É que o pai dele é japonês. – completei.
A avó dela então contou:
“Quando ele entrou na turma, ela veio me dizer que ele era japonês. Perguntei se era nascido no Japão. E ela respondeu: 
– Ele é independente.
– Independente? Ele arruma as coisas dele sozinho?
– Ele é independente de japonês, vó!”
Mais tarde, Lucas me perguntou:
– O que é independente?
– É que você não depende, não precisa de alguém. Faz tudo sozinho.
– Então ela disse justamente o oposto! Pois eu dependo de um japonês: do meu pai!

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